Sangrado
Belizario, outono 15.
Acabou.
É outono. As folhas rolam nas pedras...
Úmidas, elas choram poemas de amor.
Meu corpo bóia nas águas do rio...
Devagar, ele bate no cais...
Ainda permaneço de olhos abertos.
Olho para o céu... agonizo.
Foi no coração esta punhalada...
Que sangra sem dó.
De vermelho, tingem-se as ondas dos sonhos...
E meus beijos derrotados,
E os suspiros de paixão, em vão,
Se aglomeram entre esgoto e limo...
e se fazem podridão.
Morri.
Sem dó...na esquina da mentira,
sangrado o peito,
coração na mão.
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